A pergunta sobre quanto custa carregar uma moto elétrica todos os dias em casa permeia a cabeça de quem pretende se aventurar pelo mundo das baterias no lugar dos motores à combustão. Para te ajudar, separamos todos os cálculos para colocar na ponta do lápis; confira!
Qual o cálculo do preço de carregar a moto elétrica em casa?
Para realizar o cálculo do impacto financeiro da moto elétrica, é preciso levar em consideração três variáveis: consumo em kWh da moto, frequência de uso da moto e preço do kWh na cidade do proprietário do veículo. Com esses dados, é possível criar a fórmula para o cálculo.
Potência e kWh
A capacidade da bateria de moto é medida em kWh. Esse dado é informado pelas próprias características do veículo, fazendo uma relação entre a potência e o tempo de carregamento.
Assim, um motor de 3000W com o tempo de carregamento de 5 horas significa que a cada hora são gastos 3000W de corrente. Ou seja, as 5 horas consomem 15000W. Para converter o valor em kWh, é preciso dividir por 1.000. De acordo com o examplo acima, cada carregamento da moto consome 15kWh.
Preço do kWh
Cada companhia de energia define um preço para o kWh. As informações costumam vir impressas na conta de luz, informando para o cidadão o valor em dinheiro de cada kWh utilizado.
No geral da realidade brasileira, o kWh tem um preço médio entre R$0,50 e R$2,00. Com o valor em mãos, o proprietário da moto pode calcular quanto gasta em cada carregamento multiplicando o consumo em kWh pelo preço.
Nesse sentido, criando um exemplo de uma cidade com o kWh de R$0,75, é possível multiplicá-lo por 15. Logo, seguindo o exemplo criado, cada carregamento da moto gasta R$6,75.
Vale ressaltar que muitas cidades podem adotar bandeira vermelha na conta de energia, aumentando o preço do kWh. Por isso, é preciso ficar atento à conta de energia.
Frequência de uso
A frequência de uso da moto vai determinar quantas vezes por mês o proprietário precisará carregar a bateria. Nesse sentido, é possível projetar o consumo pela quilometragem mensal.
No geral, boa parte das motos elétricas disponíveis no Brasil atualmente contam com uma autonomia entre 80 e 120km. Portanto, se o proprietário percorre uma média de 1.200km por mês, precisará realizar 10 carregamentos.
Seguindo o exemplo acima, o proprietário precisa multiplicar o preço de cada carregamento (R$6,75) por 10. Logo, o custo mensal da moto seria de R$67,50 para o proprietário do veículo.
Novamente, é preciso observar a conta de energia para verificar a incidência da bandeira vermelha. Logo, o cálculo pode não ser tão linear todos os meses ou mesmo todas as semanas.
Vale a pena o custo-benefício das motos elétricas?
As motos elétricas são fabricadas com uma quantidade bem menor de peças em comparação às motos de motor à combustão. Dessa maneira, a manutenção também é reduzida, o que diminui os custos. Além disso, a moto não gasta álcool ou gasolina, também não pedindo os custos com reabastecimento.
A questão da relação da quilometragem pelo custo deve ser calculada pelo proprietário. Enquanto as motos de 149cc à combustão geralmente fazem de 35 a 45km por litro de gasolina, a moto elétrica de potência análoga percorre de 60 a 120km com cada carregamento.
Além disso, a autonomia é relevante. Enquanto um motor à combustão consegue entregar atualmente cerca de 250 a 400km com o tanque cheio, raramente as motos até com duas baterias passam dos 200km a cada carregamento. A escolha vai depender das necessidades de cada proprietário.
Vale ressaltar também que o mercado de motos elétricas já oferecem boas opções de veículos com motores fortes e carenagem confortável. A autonomia da bateria e o tempo de carregamento ainda variam bastante. Por isso, é necessário fazer os cálculos de gastos de cada modelo para ter uma visão completa.